O descarte incorreto de medicamentos polui rios, mares e lençóis freáticos. Compostos farmacêuticos acumulam-se na cadeia alimentar, prejudicando a fauna e podendo afetar a saúde humana. Estudos apontam que a contaminação ambiental gerada por medicamentos pode levar anos para ser revertida, com custos elevados para recuperação.
As farmácias funcionam como pontos de coleta para medicamentos vencidos ou em desuso, facilitando o descarte correto. O farmacêutico tem a responsabilidade de conscientizar os consumidores sobre os riscos do descarte inadequado e incentivar a participação no sistema de logística reversa, regulado pela Lei nº 12.305/2010.
A logística reversa assegura a coleta e o descarte seguro dos medicamentos, evitando danos ambientais e riscos sanitários. Os medicamentos recolhidos são encaminhados a centrais de processamento para destruição adequada. No entanto, muitas pessoas ainda desconhecem essa opção, reforçando a necessidade de maior divulgação e engajamento das farmácias.
Para descartar medicamentos corretamente, siga estas dicas:
Consultar sites e aplicativos: O site do Programa de Descarte Consciente (https://www.
Perguntar nas farmácias locais: Se uma farmácia não oferece o serviço, o farmacêutico pode indicar um local adequado.
Verificar sinalização: Farmácias participantes geralmente possuem adesivos ou cartazes informativos.
Consultar programas municipais: Muitas prefeituras mantêm listas de pontos de coleta.
A adesão ao descarte adequado ainda é baixa devido à falta de informação e conscientização. Essa realidade representa uma oportunidade para as farmácias se destacarem promovendo campanhas educativas e expandindo a rede de pontos de coleta. A educação ambiental deve ser ampliada para escolas, hospitais e centros de saúde.